A série Marvel’s Agent Carter foi lançada em 2015 e, como o nome sugere, expande acontecimentos do Universo Marvel. Dando continuidade a narração que conhecemos em Capitão América: O Primeiro Vingador, acompanhamos a agente Peggy Carter lidando com o desaparecimento de seu amor e com o novo trabalho na RCE (Reserva Científica e Estratégica).
Carter enfrenta um grande desafio: num trabalho dominado por homens, a agente sofre preconceito constante e precisa provar seu talento. Peggy pode ser considerada o símbolo máximo de poder feminino para a época: ela não tem super poderes, mas é inteligente, forte, ágil e carismática. Talvez essa série seja uma das melhores adaptações dos quadrinhos.
Contextualizando
A década de 30 foi marcada por uma grande depressão econômica e a moda teve que se adaptar para tornar-se mais acessível. No início da década de 40 os produtos são escassos e as pessoas, com pouco dinheiro, continuaram racionalizando a moda: em tempos de guerra ninguém pode ostentar peças luxuosas ou ter uma roupa para cada ocasião.
Além disso, nos anos 40 as mulheres começam a trabalhar — resultado das mudanças que tiveram início, aos poucos, nos anos 20. Agora há liberdade para batalhar por um futuro diferente e as roupas não podem atrapalhar essa luta.
Os figurinos que Peggy usa na série, tanto na primeira quanto na segunda temporada, retratam fielmente as mudanças que a moda mundial enfrentou nessa época.
A Moda Pós-Guerra
Durante a guerra, grande parte da produção têxtil era destinada à produtos militares, como uniformes e paraquedas. Assim, as roupas foram simplificadas e agora possuíam ombros arredondados, mangas largas e cintura marcada. As saias ficaram retas, com pregas invertidas.
O tailleur com ares de uniforme militar é o modelo mais usado. A calça tornou-se comum e foi adotada mais pela funcionalidade do que por revolução. No geral, a moda ficou séria — isso começa a mudar na década seguinte, mas é assunto para outro texto.
Os chapéus não foram esquecidos, porém diminuíram de tamanho. Lenços, redes, bandanas e turbantes se tornaram os preferidos das mulheres, tanto pelo preço mais baixo quanto pela praticidade e segurança que ofereciam as mulheres que trabalhavam em fábricas.
Como as roupas estavam mais simples, os cabelos ficaram mais longos que os dos anos 30, quase no ombro, e era comum cachos e penteados feitos com grampos. Quanto a maquiagem, as mulheres tinham que improvisar com produtos caseiros e preferiam peles naturais, com pouco pó e blush. Nos olhos, sombra marrom e delineador. Batom sempre vermelho.
Alguns croquis originais de figurinos usados por Peggy na série:
Marvel’s Agent Carter foi produzida e exibida pela ABC e conta com duas temporadas — ambas, atualmente, estão disponíveis na Netflix. A série segue com futuro incerto: depois de cancelada, seus direitos foram adquiridos pela plataforma HULU, concorrente da Netflix. Seguimos com esperança de acompanhar ainda outras missões da agente.
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